Não há mais dúvida, a reciclagem já pode ser considerada um importante setor da economia global. De acordo com pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgadas em 2012, PET é o segundo material mais reciclado no Brasil, ficando atrás apenas das latas de alumínio. Segundo dados da Plastivida, também em 2012, o faturamento total com reciclagem em nosso País foi de R$ 2.394 bilhões, 22,9% a mais em relação a 2010. Esse cruzamento de dados positivos aponta para a oportunidade de criar uma empresa especializada em reciclagem de plástico, que tem em sua estrutura principal uma linha de produção com necessidades específicas dessa indústria.
As máquinas necessária para colocar em funcionamento uma empresa desse segmento depende muito do tipo de plástico a ser reciclado, mas um conjunto básico deve contar com moinho, lavadora, tanque separador, secadora, aglutinador, extrusora e granulador, elenca Fernando Tenório, analista da Unidade de Indústria do Sebrae Alagoas. Numa perspectiva de evolução de processos, equipamentos complementares podem ser acrescentados. “Esteiras com imãs, por exemplo, para retirar materiais metálicos do resíduo”, sugere.
Entenda a função de cada um das 7 máquinas da linha de produção
Moinho: mói o material recolhido.
Lavadora: lava o material plástico coletado para eliminar resíduos de poeira ou material orgânico.
Tanque separador: separa os diferentes tipos de plásticos, muitas vezes pelo processo de decantação.
Secadora: seca o material lavado.
Aglutinador: retira toda a umidade do material moído.
Extrusora: basicamente o material plástico, já livre de toda a umidade, é derretido e forçado à passagem por meio de um orifício na máquina e, então, é resfriado em um tanque com água e recomposto como um fio. “Como um macarrão de plástico”, compara Tenório.
Granulador: transforma os fios de plástico da extrusora em grãos novamente, faz a granulação do plástico.
Além do maquinário, a disposição dentro de um layout otimizado deve respeitar o processo produtivo. A primeira fase, por ter baixo nível de automação, necessita de um espaço maior que ofereça circulação aos colaboradores e facilite a separação manual dos materiais. Já na segunda fase, que é totalmente automatizada, o maquinário deve seguir a ordem de cada etapa do processo, facilitando a produção.